sábado, 15 de janeiro de 2011

As brumas da consciência...


Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução.
Seu conceito abrange qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente, e é obejto de estudo da filosofia da mente, psicologia, neurologia, e ciência cognitiva. Alguns filósofos dividem a consciência em consciência fenomenal e consciência de acesso. Segundo Block, a primeira é a experiência propriamente dita, enquanto a segunda é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência.
A Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".
De acordo a visão da Doutrina Espírita o nível de interesses e necessidades, aspirações, medos e tendências, teremos uma noção aproximada de com quem nos relacionamos e de quem nós próprios somos, determinam os diferentes níveis de consciência, como se segue:
• Consciência institintiva – neste nível os homens em pouco diferem dos brutos. Sobreviver, no sentido mais literal da palavra, é seu propósito.
• Consciência emocional - São psiques um pouco mais elaboradas, que desenvolveram já as primeiras paixões, tais como o ciúme, inveja, raiva, cupidez, orgulho e perversidade, bem além dos ditames dos instintos de conservação de si e de reprodução da espécie. Têm medos mais acentuados e intrincados que o homem instintual. Já se preocupam com as relações sociais, a imagem e o crédito que gozam em sua comunidade.
• Consciência intelectual - São indivíduos bem mais complexos, regidos, basicamente, pela razão, pelo espírito de cálculo de vantagens e desvantagens, do mais prático, funcional e objetivo.
• Consciência espiritual - Constituem, os que participam dessa faixa mais apurada de psiquismos, uma espécie de elite evolutiva do planeta. São os indivíduos que põem o ideal acima da razão, assim como, no nível de consciência intelectual, apõe-se a razão acima da emoção e do desejo. Nesse plano de desenvolvimento, por mais que a inteligência já esteja suficientemente refinada para manobrar circunstâncias externas e pessoas ao bel-prazer dos seus interesses egóicos, o indivíduo prefere pautar sua conduta pelos apelos mais altos de altruísmo, quando não se dedicam a uma causa humanitária, a um projeto religioso.
Devemos tentar se localizar, principalmente se já se sentirmos que transitamos no nível da consciência espiritual e porque se não dermos atenção aos apelos de nossa alma a agir em prol do bem comum, ainda que de modo limitado, adoeceremos e viveremos inapelavelmente infelizes.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A Magia Moderna.



Uma ciência oculta que fascina... aterroriza... que desperta a curiosidade dos leigos é a Grande Ciência Sagrada ou Magia, sendo é objeto de especulações, preconceitos e perseguição aos seus adeptos. A etmologia da palavra Magia provém da língua Persa, significando Magnus ou Magi, que siginifica Sábio.

A Magia estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem para que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza, buscando equilibrar os quatro elementos presentes na psique do Mago, condição indispensável para que o praticante possa se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais ou seres da natureza , dentro de seu Círculo Mágico de proteção.
Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a projeção astral, rituais festivos pagãos de celebração, manipulação de símbolos e outros com objetivos particulares.

Esta Grande Ciência tem características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contato com os aspectos ocultos do Universo e da Divindade, cuja prática requer o aprendizado pelo iniciado, pelo xamã, pelo sacerdote, etc., de diversas técnicas de autocontrole mental, como a Meditação e a Visualização.

Os ocultistas costumam distinguir entre Magia Branca, e Magia Negra. Na generalidade, entende-se a magia branca como a magia realizada para praticar o bem, ao passo que a magia negra é aquela realizada com praticar o mal.
Na verdade, muitos ocultistas acreditam que a magia é branca quando praticada gratuitamente, por compaixão e desinteressadamente, ao passo que a magia é negra, quando é realizada em troca de lucro. Por isso, a Magia branca, tecnicamente deveria ser a magia praticada sem fins lucrativos, apenas por caridade, altruísmo, bondade e compaixão, enquanto que a magia negra é aquela que é praticada com fins puramente lucrativos, sendo que nessa, um sacerdote é pago para produzir um determinado fim através de processos espirituais.

Atualmente a Informação é o poder do Mago Moderno, que não trabalha mais com pergaminhos e tampouco com a espada, trabalha com o teclado e programas, manipulando chips e gigabytes à velocidade da luz. A presença da Magia está na física quântica e na realidade virtual.
Neste século o mundo está unificado e age em conjunto, apesar das diferenças, motivo pelo qual a Magia Moderna é uma realidade que permeia nossas vidas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A SABEDORIA DO SILÊNCIO INTERIOR.









Texto Taoista



Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia. Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.
Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.
Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna.
Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos. Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluida.
Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e repotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinivel, insondável como o TAO.
Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades , a brilhar.
O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos . Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.
Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o facto.
Não saber é muito incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe. Evite julgar ou criticar.
O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.
O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida.
Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles. Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz.
O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo. Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO.
Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio. Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação.
Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre…
O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente. Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno.
Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Eclipse de mim... dualidade

Na abstração do meu ser busco o sentido para as fases que enfrento a dualidade que habita em nós – a Luz e a Escuridão, o Som e o Silêncio, o Amor e o Ódio – enfim, o Céu e o Inferno.
Em resposta às indagações busco a resposta no fenômeno do Eclipse que acontece sempre que um corpo entra na sombra de outro. Assim, quando a Lua entra na sombra da Terra, acontece um Eclipse lunar. Quando a Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um Eclipse solar. Um Eclipse total da Lua acontece quando a Lua fica inteiramente imersa na umbra da Terra.
A dualidade é um Eclipse do ser...

A causa da dualidade é o desejo, o anseio; pela percepção, pela sensação e pelo contato, surge o desejo, o prazer, a dor, a necessidade e a não necessidade, que por sua vez motivam a identificação como “meu” e “vosso”, entrando, desse modo, a funcionar o processo dualista. Enquanto separar-se o pensante do pensamento, perdurará o vão conflito dos opostos.
A própria natureza do “ego” é estar em contradição; e somente quando o pensamento-sentimento se liberta a si mesmo de seus desejos antagônicos, é que pode haver tranqüilidade e alegria. Essa liberdade, com suas alegrias, se manifesta pela percepção profunda do conflito do desejo. Quando vos tornais cônscios do processo dualista do desejo e ficais passivamente vigilantes, encontrais a alegria do Real, alegria que não é produto da vontade nem do tempo.
Para estarmos livres da contradição, temos de estar cônscios do presente, sem escolha. Como pode haver escolha, quando nos vemos frente a frente com um fato? Por certo, a compreensão do fato se torna impossível, enquanto o pensamento está tentando operar sobre o fato em termos de “vir-a-ser”, modificar, alterar.

O autoconhecimento, por conseguinte, é o começo da compreensão. Sem autoconhecimento, continuará a existir o conflito e a contradição.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Imperceptível leveza do Eu Interior...




Registro nesta página em branco a sutileza da inspiração provocada pela onda de esperança, alegria, descontração e infinitas demonstrações do estado de espírito que habita em cada coração durante a virada de ano-novo, que invade cada ser e anima o homem a prosseguir a sua viagem insólita de sua existência.
No 1° dia do ano concito a todos a refletirem sobre a descoberta do “eu interior” que é fundamental para o nosso crescimento espiritual e intelectual, enfim, na nossa evolução como seres humanos, com equilíbrio suficiente para viver em sociedade e saber lidar com diversas situações. Qualquer situação, seja ela boa ou ruim, se torna construtiva aos olhos de que carrega consigo o melhor da vida.
Não existe um único caminho para o ser humano seguir e se sentir realizado seja no campo pessoal ou profissional, pois cada pessoa possui aspirações e planos individuais para o futuro. Buscar o autoconhecimento consiste em acessar as profundezas do próprio interior e que, muitas vezes, revela um lado do comportamento humano nem sempre tão agradável. Dessa forma, o indivíduo pode trabalhar aquilo que o impede de conquistar novos horizontes, inclusive no meio organizacional.
Invoco a todos buscarem “conhecerem-se”... Uma boa dica: cale-se exteriormente para ouvir o seu “Eu interior”, para isto indico a técnica da meditação que dá inicio a esta viagem levando o indivíduo a adquirir a distância suficiente para ver o mundo em sua beleza natural.
Mesmo que essa técnica aparente ser apenas mental, apresenta um ingrediente físico muito importante: os estudos comprovam que a meditação representa uma diminuição de ritmo cardíaco e, por tanto, das pulsações. Além do mais, verifica-se um aumento nas reações e, atualmente, estuda-se as alterações químicas que sofre o cérebro nesse estado de relaxamento.
Embora que relaxar e tomar consciência de nós mesmos pareça uma prática relativamente fácil, existem certas recomendações e passos a serem seguidos:

1.Não realizar um esforço para que ela ocorra. Deve surgir naturalmente;
2.Não se obrigar a pensar sobre o vazio ou espantar os pensamentos;
3.Não fixar-se em fazê-lo do modo correto;
4.Não é necessário estar de estômago vazio;
5.O lugar deve, preferencialmente, ser tranqüilo, mas não se preocupe com barulhos e coisas que não temos controle.

Aprendendo a meditar, mesmo que muitos céticos manifestem suas dúvidas sobre os benefícios ou utilidade da prática da meditação existe numerosas instituições que se inclinam a favor do uso dessa técnica, para uma melhoria na qualidade de vida. Alguns exemplos: na sede das Nações Unidas existe uma sala de meditação, os Chicago Bulls (time de basquete norte-americano) meditam antes dos jogos e treinamentos e, no Japão, centenas de trabalhadores reúnem-se todos os dias antes do trabalho para realizar as práticas que lhes permitem um melhor desempenho profissional.