Desde que o filho mais ilustre da Vila de São José Del Rei (atual cidade mineira de Tiradentes-MG), o líder da Inconfidência Mineira Joaquim José da Silva Xavier, o TIRADENTES, por ter poucas influências econômicas e políticas, foi condenado a forca e executado em 21 de abril de 1792, onde partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, ainda sua casa foi queimada e seus bens confiscados, temos despertar para o significado da luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão de um governo onde culminou com a Independência do Brasil, que seguramente é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. À semelhança do processo de independência de outros países latino-americanos, o de independência do Brasil preservou o "status" das elites agro-exportadoras, que conservaram e ampliaram os seus privilégios políticos, econômicos e sociais. Ao contrário do ideário do Iluminismo, e do que desejava, por exemplo, José Bonifácio de Andradada e Silva, a escravidão foi mantida, assim como os latifúndios, a produção de gêneros primários voltada para a exportação e o modelo de governo monárquico. Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil negociou com a Inglaterra e aceitou pagar indenizações a Portugal, que teve como conseqüência direta o endividamento externo do Brasil e falência do Banco do Brasil, fundado por D. João VI em 1808, em 1829. Neste ano serão gastos R$ 1,62 milhão no desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios.... o que nos leva a refletir sobre as questões que permeiam a realidade do povo brasileiro, principalmente, quanto a grave problemática da corrupção, violência, analfabetismo, grampos eletrônicos, enfim... a triste realidade que nos falar calar e indagar: realmente vivemos num país livre?
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