segunda-feira, 8 de setembro de 2008

396 anos – uma São Luís diferente!



Quando Daniel de La Touche, Senhor de La Ravadirere, aqui aportou em 1612 por influência de Jacques Riffault, um famoso pirata francês que pilhava no Golfão Maranhense, tornou realidade o sonho de se instalar uma colônia gaulesa, a França Equinocial, batizada de Saint-Louis, sob a tutela de D. Maria de Médici, rainha-viúva regente, encontrou uma Upaon-açu, ilha grande, virgem, bela, tentadora, devoradora de sonhos de poder, ambição e vaidades.

Após isto, tornou-se objeto de disputa internacional... em 1614 uma expedição portuguesa, apelidada de “Jornada Milagrosa”, expulsou os franceses do Maranhão, sob a batuta do comandante Jerônimo de Albuquerque e de Alexandre de Moura.

Já em 1641, uma esquadra holandesa, bota fogo na disputa pela Ilha grande... sob as ordens do almirante Jean Cornelizoon Lichardt, foi aprisionado o governador Bento Maciel, inaugurando assim o novo ciclo de domínio e poder.

Decorridos 3 anos, em 1644, Antônio Teixeira de Melo que sucedera a Antônio Muniz Barreiros no comando da resistência aos invasores, expulsou os holandeses e finalmente sendo instaurado o domínio português que impulsionou o desenvolvimento, onde a outrora terra virgem, tornou-se a quarta capital do império e os habitantes ostentavam riqueza, importando louças, móveis e jóias da Europa e outros cantos do mundo... hábito ainda praticado por alguns ludovicenses com rabo de pavão.

Versejar... se expor... amar... denunciar.... idolatrar... são verbos que impulsionam a todos que vivem nesta “Jamaica” brasileira, que algum dia fora solenemente e com orgulho cunhada de “Atenas Brasileira”... e que atualmente é livre e diferente!

Nestes 396 anos... rendo minha singela homenagem ao meu torrão natal... minha... nossa... eternamente nossa São Luís do Mara... ilha bela... Upaon-açu que engrandece o céu azul anil do Brasil varonil... PARABÉNS a todos nós.

Um comentário:

Unknown disse...

Pois é caro amigo. São Luis considerada a 4ª capital do país, hoje é a capital do Estado mais pobre da federação. Seus governantes ainda consideram que o Maranhão começa no Estreito dos Mosquitos e acaba no Calhau. O olhar do ilhéu que condena uma população à pobreza, sustentadora de uma "elite" tão pobre quanto eles.